terça-feira, 11 de agosto de 2015

De Ana para Bela

Há 15 anos atrás nasceu um ser! Meio fofa. De Ana foi pra Bela. Ela é MEIO grande, mas de pura beleza humana. Eu tive e tenho que aturar ela até hoje. Porém a amo.
Hoje, dia 11 de agosto é o dia dela. Bebel, Ana do meu coração, muito obrigada por ser esse ser que tanto amo.
Te admiro muito por ter que aguentar eu e a Clara juntas. Por sempre estar comigo, por ter me deixado passar meu aniversário SOZINHA porque preferiu ir pra Salvador ao em vez de moi. Além de ser pequena tem um grande coração, continua sendo essa pessoa que nem Freud explica. Queria desejar toda a paciência do mundo, que você consiga realizar o seu sonho de acontecer a paz mundial.
Sei que é muito muito MAIS MUITO chato aturar sua irmã (me tira da lista porque eu sou dona daqui), mas que possa contar COMIGO. Te amo horrores Anabel!

Miss Ribeirão feliz 15 anos

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Uma dor, um sorriso

Entro na sala escura, com uma unica luz branca, que não iluminava nada. Absolutamente nada.
Me coloco entre os corrimões da pequena rampa. O chão era aquele preto com bolinhas.
Verifico o relógio ao lado, oito e cinto. Está cedo.
Estava esperando a médica chegar, marcamos oito e quinze para a consulta.
O frio dominava aquele lugar tenebroso, onde tinha nove cadeira ocupadas. Escuto um certo menino gritando no corredor de baixo. Olho atentamente a placa de Silencio.
Ele gritava e corria. Não calava a boca. E subia em cima de um homem, que pode ser seu pai.
O menino batia e empurrava, era o demônio em pessoa. O pai, não mexia um dedo, para intervir-lo. E os dois correram perto do lixo. O garoto se jogou em cima do pai, machucando. O pai encrava os dedos nos seus ombros. O garoto grita de dor, demostrando, mas sorri.
Aquele garoto era esquisito, sentia dor e sorria, para parecer o que? Forte?
Quanto mais o garoto sorria, mas o pai o machucava. Aquilo devia estar doendo e muito. E sorria.
Depois sai, pegando a cadeira de rodas e empurrando ela pela recepisão.
A médica estava atrasada, oito e meia, to quase meia hora aqui, de pé.
O pai pega o braço do garoto e o coloca contra a parede e dando uma bronca, sem machuca-lo. Um cara sai do seu acento e sento em seu lugar. O garoto não se mexeu, ouviu a bronca do pai, depois subiu em cima dele. Sabendo que o pai vai o machuca-lo e ele vai sorri denovo, denovo e denovo.
Fui buscar um copo d’agua, quando volto, o pai e o garoto estão sentados no meu lugar. Não queria pedir de volta, porque fiquei com medo de que o pai faça algo comigo, ou com o garoto que estava sentado em meu lugar. Voltei a ficar de pé.
O garoto dorme.
Um médico chama pelo seu nome, que é bem complicado, e ele se levanta. Da um tapa de leve na bochecha do garoto para acorda-lo e vão embora, para o meio das sombras. Nunca mais quero encontra-los, pelo menos, não dessa forma. Com o pai batendo e o filho sorrindo.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Páscoa




Aleluia que páscoa chegou, o único feriado que eu consigo colar a bunda na minha cadeira e terminar uma série ou ver um filme.
Os únicos dias que a paz reina nessa casa.
Mas, alguém tinha que tinha que acabar com a minha felicidade. A minha tão amada mãe, chegou até mim e disse:
“Isadora, suas primas vem pra cá.”
Minha tão amada época do ano vai ser destruída por dois seres. Anabel e Clara. Minhas tão terríveis primas.
Uma só quer paz no mundo, e a outra um prato de strogonoff para comer, e uma simples TV com filme, a preguiça reina naquele corpo.
Eu não sei porque minha mãe cisma de trazer essas criaturas pra cá. Claro que as amo, mas precisava chegar agora? Justo agora?
Espero o ano todo por esse momento, e elas chegam.
Vou encher elas? Claro, é o meu trabalho. A noite eu vou desligar o Wi-Fi. Já que aquelas pragas não tem 3G.
Mas, por um lado é bom reencontrar esses monstros, a saudades delas mata, mas tinha o ano INTEIRO pra ver elas, tinha que ser esse feriado.
E a gente só briga, mesmo. Por tudo. É ó, um saco.
E elas são preguiçosas, principalmente a Clara. Mas tenho minhas técnicas, a famosa frase:
“CLARA! Sai dessa cama, se não sair, eu taco água em ti!”
Ela sai? Não.
Se taca água? Não, faço coisas piores.
Pular em cima dela, já é um castigo pra ela.
Mas e a Anabel? Como não citar esse ser tão revoltado, tão hipster, tão culta. (Anabel, não me bate!)
Elas ainda não chegaram em São Paulo (Elas moram em Ribeirão Preto), então tenho alguns minutos para relaxar.

E isso se resume minha Páscoa desse ano.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Um sonho, uma lembrança, um desejo.




Por mim, eu sonharia todo dia. Não teria pesadelos e sim sonhos.
Sonho é algo que não se explica, você enxerga sua imaginação. Coisas que você nunca lembrou que você sabia. Algo está no fundo da sua mente, que você já quis ou já tentou ter. Deixando coisas isoladas no fundo da mente, a gente se lembra com o sonho. Não podemos controlar, e sim, deixar levar sua imaginação.
Toda criança já teve der sonhado com algo pra lá de outro mundo, algo que nem mesmo um dicionário explica.
Meninos já devem ter sonhado em lutas com dragões, em cima de dinossauros ou até com algo que deseje muito.
Meninas já devem ter sonhado com reinos distantes, sendo princesa, procurando seu lindo príncipe, em seu maravilhoso unicórnio.
Mas, muita gente, já deve ter sonhado com algo que está lá no fundo da sua mente, as lembranças.
Algo que marca, a gente sonha, de um jeito completamente diferente, mas único. Isso marca, e muito.
É incrível como o cérebro e o coração transformam a imaginação em algo tão lindo, tão duradouro, tão desejado.
Lembranças de algo que nos fizeram lembrar, sorrir ou até chorar de emoção. Familiares que foram embora desse mundo, momentos únicos que passamos com quem amamos, ou até, momentos que nos fizeram chorar.
Desde hoje, me lembro de um dia. Com cinco anos de idade, eu e minha prima, olhando para o pôr do sol, de uma cidade chamada Serra Negra.
Demos as mãos, e desejamos que nunca, mas nunca a gente iria esquecer uma da outra, das nossas brincadeiras, de nossas brigas e viagens.
Isso me marcou e muito, tanto que esses dias, eu mesma sonhei com esse momento.
Meu desejo é que essa lembrança nunca suma dentro da minha mente, pois é algo que eu amo. Nunca vou deixar de amar sonhar.
Não posso explicar o porquê eu guardo esse momento até hoje. Mas eu o guardo, com todo amor e bondade que tenho hoje em dia.
Eu vou terminar essa crônica com uma frase do Sigmund Freud:
O sonho é a satisfação de que o desejo se realize.



Coraline




Acho que não é novidade, mas eu amo Coraline.
Coraline é um stop motion, que virou um filme. E ele é maravilhoso.
Não vou contar o filme. Mas esse filme tem muita importância.
É assim, esse filme estreou quando eu tinha 7 anos, e ficou muito famoso na minha antiga classe. Todo mundo falava que ia ver na estreia.
Até que minha mãe me levou para ver, e eu assisti. E, cara, até hoje eu me lembro da sensação de quando eu assisti, me lembro do frio na barriga que senti.
Quando eu tinha já 8 anos, eu ia quase todo fim de semana na casa da minha tia e do meu tio. E sempre era mesma coisa. Íamos comprar comida árabe, depois alugar um filme, e sempre era Coraline. Eu amava assistir do lado do meu tio (pois minha tia falava muito durante o filme), como eu já tinha assistido o filme, eu olhava as expressões do meu tio durante o filme. Ele tinha a maior paciência de ver esse filme. Porque toda vez que eu ia pra casa dele, toda vez era Coraline.
Depois ele mesmo me acordava falando em francês. Tomava café, e voltava pra Coraline. Essa musica de fundo é do Coraline, eu adoro essa trilha sonora, e sempre esculto por ai. 

Pode parecer meio estranho o fato de eu ter essa memória guardada durante tanto tempo. Ainda sinto muita falta desses dias, gostariam que durasse para sempre. Mas, sempre, o tempo brinca com a gente, e levou meu tio para outro lugar, onde ele não material, e sim cinzas. Após essa crônica, me deu muita vontade de ver Coraline, mas não vejo, porque eu choro. Levo dessa vaga lembrança, todas as sensações, toda alegria, todo humor, todo choro, aqui dentro de mim, na minha mente, onde sempre guardo essa tal de Coraline.

terça-feira, 3 de março de 2015

Quem sou eu?

Bom, eu sou tudo aquilo que quero ser.
Algumas pessoas pensam coisa de mim, que não sou. Ou, pesam coisas de mim, que sou e orgulho ser.
Mas o que eu posso fazer, a imaginação é algo que ninguém pode controlar. Então, não posso controlar o que os outros pensam de mim.
Uma coisa que eu sou é dramática. Sou assim desde de pequena. Acho que isso é uma coisa que nunca vou deixar de ser. É meio estranho dizer isso mas, drama, é uma coisa que eu não gosto, mas que eu faço. Entenderam? Não. Bom, é como se gostasse de... Romance, você gosta de romance, você é super romântica mas detesta as pessoas que são românticas com você. É esquisito, é.
Bom, eu tenho alguns, típicos, problemas de adolescente. Que com o tempo passa, mas demora milênios. Alguns problemas, mas deveriam tar resolvidos, não estavam. Então, procurei ajuda. Porque quanto mais rápido resolvia isso, eu teria menos problemas.
Essas ajudas ajudaram? Um pouco. Algumas memorias, mergulhadas no passado, me ajudaram a resolver esses problemas.
Só que, não foram todos. Precisei de mais respostas. Aproveitei que tenho um psicanalista em casa, e perguntei pra ele. Perguntei pra minha mãe. Até pra minha orientadora perguntei.
E, a pouco tempo, descobri a resposta. Descobri que estou crescendo, e essa fase de Criança para Adolescente, é uma fase meio complicada, e que daqui a pouco eu acostumo.
Eu fico muito agradecida por essa ajuda.
Uma coisa que não faz sentido é a palavra normal. Pra mim não existe normal. Ninguém é normal. Já expulsei normal do meu vocabulário do dia-dia. Mas né.

No começo eu escrevi "sou tudo aquilo que quero ser". Porque, eu não penso, em uma forma diferente minha. Sempre fui assim. Posso mudar algumas coisas, posso. Mas esse é meu jeito, e jeito a gente não esquece, a gente zela, dentro da gente. Essa sou eu, uma típica adolescente. 

Debaixo do minhocão.

Passo pelo minhocão todo dia, depois da escola. E quase sempre tem trânsito.
E, normalmente, quando tem trânsito, fico parada no mesmo lugar por meia hora ou uma hora.
E nesse dia aconteceu isso. Como minha mãe adora reclamar de trânsito, fico olhando minha volta. Até que algo me chama atenção.
Um casal estava brigando, no lado de fora de um bar. Dava para ver que era uma briga, eles gritavam um com o outro. A moça estava sentada na cadeira de pernas cruzadas, usando uma calça jeans, acompanhada de uma blusa branca regata. Junto a ela, tinha uma bolsa bege. Ela devia ter seus trinta anos. Enquanto um moço, ele usava uma bermuda bege escuro, com uma camiseta de banda, também tinha cara de trinta anos.
Enquanto eles tomavam cerveja, e a moça gastando os papeis para limpar sua boca, e o moço com a mão na cabeça, com um ar tenso.
A moça levanta a mão, a procura de um garçom. Olhava em seu redor, a procura de alguém.
O garçom chega e ela fala, enquanto o homem não sai da sua posição de mão na cabeça.
O garçom sai, e a moça se levanta. E começa a falar com calma, e depois sai.
Quando ela estava preste a sair, um outro homem esbarra nela.
Sua bolsa caiu no chão. E o moço, que estava com ela, se levantou e foi até lá.
Desceu, pegou coisas dela e colocou de volta a bolsa.
Eles se encararam por um tempo. Até que o meu carro se moveu e foi-se embora.
Isso tudo aconteceu em três ou cinco minutos, em uma plena segunda feira.
O que aconteceu com eles, não sei.
Seus nomes, não sabia.
Percebi que eles eram um casal em uma discussão.

Encontrei mais eles, não. Só tenho essa vaga lembrança, onde guardo até hoje de Debaixo do minhocão.