terça-feira, 3 de março de 2015

Debaixo do minhocão.

Passo pelo minhocão todo dia, depois da escola. E quase sempre tem trânsito.
E, normalmente, quando tem trânsito, fico parada no mesmo lugar por meia hora ou uma hora.
E nesse dia aconteceu isso. Como minha mãe adora reclamar de trânsito, fico olhando minha volta. Até que algo me chama atenção.
Um casal estava brigando, no lado de fora de um bar. Dava para ver que era uma briga, eles gritavam um com o outro. A moça estava sentada na cadeira de pernas cruzadas, usando uma calça jeans, acompanhada de uma blusa branca regata. Junto a ela, tinha uma bolsa bege. Ela devia ter seus trinta anos. Enquanto um moço, ele usava uma bermuda bege escuro, com uma camiseta de banda, também tinha cara de trinta anos.
Enquanto eles tomavam cerveja, e a moça gastando os papeis para limpar sua boca, e o moço com a mão na cabeça, com um ar tenso.
A moça levanta a mão, a procura de um garçom. Olhava em seu redor, a procura de alguém.
O garçom chega e ela fala, enquanto o homem não sai da sua posição de mão na cabeça.
O garçom sai, e a moça se levanta. E começa a falar com calma, e depois sai.
Quando ela estava preste a sair, um outro homem esbarra nela.
Sua bolsa caiu no chão. E o moço, que estava com ela, se levantou e foi até lá.
Desceu, pegou coisas dela e colocou de volta a bolsa.
Eles se encararam por um tempo. Até que o meu carro se moveu e foi-se embora.
Isso tudo aconteceu em três ou cinco minutos, em uma plena segunda feira.
O que aconteceu com eles, não sei.
Seus nomes, não sabia.
Percebi que eles eram um casal em uma discussão.

Encontrei mais eles, não. Só tenho essa vaga lembrança, onde guardo até hoje de Debaixo do minhocão.


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